A ÚLTIMA HORA



1Jo.2.18
INTRODUÇÃO
Nessa secção de sua epístola João está traçando a diferença entre o verdadeiro e falso por meio de provas.
A obediência é a prova moral e o amor é a prova social. Agora ele acrescenta a prova doutrinária. Primeiro traça uma clara distinção entre os hereges e os cristãos genuínos; depois define a natureza e o efeito da heresia; e finalmente descreve as duas salvaguardas contra a heresia, as quais os seus leitores já têm.
Os hereges e os cristãos genuínos
Duas vezes ele diz aos seus filhinhos que é a última hora. Isso porque a nova era tinha raiado com a vinda de Cristo, e os cristãos sabiam que estavam vivendo “nos últimos dias”. Não só era o último tempo mas dentro deste período final está a “última hora”.
A evidência principal disso era que agora muitos anticristos têm surgido. Não estava em questão aqui o cumprimento cabal da profecia de Daniel sobre a “abominação desoladora”. O próprio apóstolo Paulo ensinou que um ulterior irrompimento de sacrilégio perverso precederia o fim, mas que mesmo agora “o mistério da iniqüidade já operava”. Do mesmo modo João escreve que, embora seja fato que vem o Anticristo, contudo, já, muitos cristos têm surgido. Os falsos mestres são o prenúncio do Anticristo.
Anti não está aqui com significado de “contra”, mas “em lugar de”. Ele será um cristo-substitutivo, um impostor mentiroso, em vez de adversário de Cristo.
Esses muitos anticristos são agora identificados como mestres humanos. Eles abandonaram a Igreja, excomungaram-se a si próprios, no dizer de João “saíram de nós”. Isso exatamente por que não eram dos nossos. Eles saíram por sua própria vontade.
Característica da última hora
1) A busca pela segurança material. A mudança de foco, das coisas espirituais para as coisas materiais. O apego às riquezas e a segurança material. Naturalmente o desapego às coisas espirituais. Ao contrário do que muitos esperam a última hora não será caracterizada por distúrbios mundiais, caos social, etc. O apóstolo Paulo deixa bem claro que quando disserem “há paz e segurança” então virá repentina destruição.
2) A busca por caminhos alternativos. A não satisfação pela simplicidade do Evangelho de Cristo, faz com que esse período seja caracterizado pelo busca do novo. Novos caminhos, novas formas de pensar, novas experiências espirituais. Paulo já advertia a seu filho na fé Timóteo que os últimos tempos seriam caracterizado por recusa em se ouvir a sã doutrina. Que os homens buscariam caminhos alternativos, segundo suas próprias convicções.
3) O endeusamento humano. Cada vez mais fica claro esse ponto de vista. As religiões caminham cada vez mais para essa teologia. Passam a ensinar que o homem pode ser um deus; ou que Deus é um ser humano aperfeiçoado e que nós poderemos chegar a este estágio. Esse ensino tem como objetivo preparar o caminho do Anticristo; porque ele será considerado Deus em forma humana como o foi Jesus. A
Bíblia diz que ele se assentará no trono de Deus. Isso quer dizer que tentará ocupar essa posição. Esse conceito de endeusamento humano visa preparar o mundo para aceitá-lo como Deus. Desde Satanás e de Adão o desejo de ser Deus ou igual a Deus existe. Somente um não desejou ser igual a Deus – Jesus; pelo contrário e se humilhou como homem até a morte e morte de Cruz.
4) O sincretismo religioso. Essa é a idéia da Nova Era. Que exista no mundo uma única religião que abrigue em seu bojo as doutrinas de todas as demais. Ser unidos no essencial e esquecer o secundário. A igreja Católica desde o Concílio do Vaticano II, tem procurado se aproximar do Judaísmo e do Protestantismo. Cada vez mais se usa as ciências, em especial a psicologia para diminuir essas diferenças doutrinárias. A Bíblia diz que em determinado momento de seu governo o Anticristo estabelecerá uma religião para todos os povos. Religião que sirva aos seus propósitos.

Enfim, nos percebemos que todas essas características estão intimamente ligadas aos mestres, ou seja, falsos mestres. Será através do ensino que o mundo do Anticristo será formado e estabelecido. Por isso a importância de se manter a sã doutrina. De se manter a pregação do Evangelho genuíno, sem falsificações ou adulterações.

É, igualmente importante, a constância e firmeza dos cristãos na verdade. O ensino sadio deve levar os cristãos à maturidade espiritual, para que não sejam levados de um lado para o outro por qualquer ensino ou doutrina.
É também importante o apego às Sagradas Escrituras. Os cristãos nunca precisaram estudar a Bíblia como nesses tempos. E precisarão cada vez mais estudá-la. Depender cada vez menos de mestres. A Bíblia ensina que devemos nos tornar mestres, conhecedores da palavra e ensinar aos mais novos na fé. Se há um veneno é necessário que haja um antídoto.

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