A CRISE NEOPENTECOSTAL!


Estamos vivendo uma forte crise no Neopentecostalismo brasileiro. Uma crise de poderá ter diversas consequências. Poderá servir para separar o joio do trigo, bem como para colocar, no mesmo cesto, todos os cristãos desacreditando-os perante a opinião publica. E vários são os fatores que contribuíram para que tudo chegasse onde está.
Em primeiro lugar, a crise se deve ao fato desse segmento ser NEO! Suas jovens estruturas não aguentaram o peso desordenado e ambicioso de seu crescimento. Eles julgaram-se mais competentes que as igrejas tradicionais, e, em sua juventude desprezaram a experiência dos movimentos mais antigos e resolveram inovar. Suas inovações os levaram a muitos resultados, porém não àqueles esperados de uma verdadeira igreja de Cristo. Eles construíram uma casa sobre a areia; edificaram sem alicerces sólidos. Esse movimento se estabeleceu e desenvolveu desprezando os mais sagrados pilares da fé cristã.
Seu segundo erro foi se afastar da sã doutrina e se enveredar pelo caminho das novas teologias americanas. Para aqueles que ainda acreditam que tudo que vem do Norte é benção, quero lembra-los de um antigo livro cujo título era: “os demônios descem do Norte”. Ele trata do surgimento das seitas falsas no mundo moderno, mostrando que todas elas surgiram na América do Norte e depois chegaram à América Latina. A teologia da prosperidade, que se tornou a base para o Neopentecostalismo, prosperou graças a um país assolado pela hiperinflação, desemprego, miséria e outros males sociais. Seu apelo atingiu multidões e com isso inflamou o crescimento do Neopentecostalismo brasileiro. Essas igrejas não tem nenhum compromisso com a veracidade das Escrituras, seu compromisso é com seus ideais e ideias. Para alcançar seus objetivos adulteram a Palavra fiel e verdadeira. Além disso, passaram a usar o lugar da Palavra de Deus. Suas ordenanças e mandamentos são considerados de igual autoridade que a Bíblia.
Isso nos leva ao terceiro motivo da atual crise neopentecostal; a igreja se corrompeu com o materialismo e naturalismo desse mundo. A igreja foi designada para proclamar o reino de Deus e ao contrário disso passou a pregar somente o reino da terra. Em seu bojo veio o despertar de pecados que ela mesma devia combater. Pecados como a ganância, o orgulho pessoal, a busca dos prazeres, a soberba, o amor ao dinheiro e até mesmo a idolatria, que deveriam ser combatidos pela igreja, mas que passaram a ser o foco de sua mensagem.
A teologia da prosperidade prega o amor ao dinheiro, o apego às coisas materiais. Isso leva o indivíduo amar mais a benção que Aquele que abençoa. O dinheiro passou a ser o deus que resolve todos os problemas humanos. Ter ou possuir tornou-se mais importante que ser. As pessoas vendem sua própria alma, personalidade e caráter, simplesmente para possuir bens materiais. A fé e a espiritualidade passaram a ser confundidos com o conquistar bens terrenos. Os considerados mais espirituais, possuidores de uma fé mais profunda, são o que conquistam e possuem. Saímos de uma teologia da pobreza para uma teologia da prosperidade em poucos anos. De uma tese para uma antítese que deve gerar uma síntese como afirmava Hegel. Portanto a palavra chave para o próximo movimento teológico deverá ser “equilíbrio”, se Deus quiser!
A corrupção desse segmento cristão é tanto que os aliados se tornaram inimigos. Corromperam-se a tal ponto que passaram a disputar suas conquistas como os impérios faziam no passado. As instituições se tornaram mais importantes que a alma humana, que sempre foi o alvo prioritário da mensagem do Evangelho.
Outro motivo extremamente importante e que precisa ser colocado, é a transferência da fé em Deus. Como aconteceu com Israel no passado, e com a Igreja Cristã na Idade Média, quando abraçou a idolatria, acontece novamente e justamente dentro de um movimento oriundo da Reforma Protestante, que tanto lutou contra tudo isso. A idolatria é nada mais do que a transferência da fé em Deus, para um ídolo.  O movimento neopentecostal faz a mesma coisa quando transfere a fé das pessoas para objetos como: sal grosso, rosa ungida, copo de água ungido, dinheiro, etc. Isso porque é mais fácil acreditar no que é palpável do quem em um Deus invisível. Porém, tal prática é idolátrica. A fé cristã é em Deus e não em objetos ou pessoas!
Não podemos afirmar com exatidão os males que estão por vir e muito menos as consequências disso para o povo de Deus, mas sabemos que são sinais cada vez mais claros de que a Palavra de Deus é verdadeira e continua se cumprindo integralmente.

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